"...Num País onde tradicionalmente o futebol monopoliza todas as atenções e recursos, o rugby só se poderá desenvolver pelo reconhecimento comum da sua diferença de valores e de práticas. Talvez seja, exactamente, essa a razão pela qual o rugby se está a implantar tão significativamente em bairros socialmente problemáticos o que é, sem dúvida, um factor importante para a sua acreditação que pode sensibilizar potenciais patrocinadores.
É fundamental descentralizar o rugby estendendo-o a todo o País. São conhecidas as assimetrias regionais, muito mais patentes no rugby onde há uma dominância desproporcionada não das zonas litorais mas apenas de Lisboa, onde, actualmente se situam os melhores Clubes Nacionais..."
"...É preciso inverter esta tendência, com uma maior divulgação da modalidade, com mais apoios aos novos clubes e
com reforço dos actuais. A existência de três Associações Regionais e a vontade da constituição, dentro em breve, de mais duas facilitarão a aproximação aos clubes que terão o apoio material e técnico da Federação Portuguesa de Rugby..."
"...Na vertente desportiva, é preciso igualmente agir por forma a contrariar o fosso entre o nível competitivo e organizacional das
Selecções Nacionais e dos Clubes com a agravante de, entre estes, haver igualmente uma diferença significativa entre os quatro/cinco melhores e os outros, com a particularidade de quatro se situarem em Lisboa.
Era, e é, por isso urgente corrigir esta situação com políticas que conduzam a uma descentralização progressiva do “ poder ”,
com o aumento da competição e da competitividade dos Clubes, uma atenção especial à formação de treinadores, árbitros e dirigentes e uma forte aposta na promoção/divulgação da modalidade.
Sem preocupação de uma hierarquização de prioridades a F.P.R, nos próximos quatro anos, deverá consolidar a reorganização dos seus Serviços de apoio administrativo, suporte fundamental ao bom relacionamento e funcionamento com Clubes e Associações, para além da alteração de metodologias de controlo orçamental que irão permitir uma resposta mais rápida e transparente, nomeadamente perante a IRB...."
"...Maior competitividade das provas nacionais, sem impedir que as equipas mais fracas tenham a possibilidade de competir com as mais evoluídas, vai exigir uma programação cuidada e diversificada que possa responder aos anseios de todos...”
[Excertos retirados do plano estratégico da FPR 2011 2015]
Link Alternativo (PDF) [Aqui]
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